Paris

'Shocking!' une loucuras surrealistas ao pink vibrante da estilista Elsa Schiaparelli. Exposição em Paris recria atmosfera que escandalizou sociedade do século ...

"A colaboração de Schiaparelli com Dalí foi muito profunda, porque ambos compartilhavam a mesma fantasia, a mesma obsessão pelo tema do sonho, que para o surrealismo é uma questão muito importante", afirma a curadora. "Com eles você se sentia ajudada, incentivada, para além da realidade material e chata de fazer um vestido para ser vendido." Recém-formada em filosofia na Universidade de Roma, publicou um livro de poemas eróticos, o que rendeu uma tentativa frustrada dos pais de internar a jovem num convento. Sem dinheiro, começou a trabalhar numa loja de roupas de Gabriële-Buffet Picabia, ex-mulher do artista Francis Picabia, onde conheceu Marcel Duchamp e Man Ray. "Schiaparelli lançou o nome como uma jogada de marketing, ela era muito boa nisso." O mestre surrealista, porém, também cria outras "obras" presentes na mostra, como uma peça talhada de cristal Baccarat amarelo translúcido, com um grande sol na ponta. No vestido em questão, Dalí pintou a lagosta em organza de seda branca saindo do ventre da futura duquesa. Foi lá que aconteceram fenômenos morfológicos; era lá que a língua de fogo do espírito santo de Dalí desceria", diria o próprio surrealista espanhol, num trecho de suas memórias. Aos 22 anos, foi trabalhar como babá em Londres, onde se casou com um conde, e, então, se mudou para Nova York. Há também muitas fotografias de Man Ray, um casaco bordado com um desenho feito por É essa atmosfera surrealista vibrante da época que se pretende recriar em "Shocking! , há croquis de coleções, vestidos, acessórios de moda e peças de decoração.