Henrique Meirelles

Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Meirelles é visto como um aceno positivo pró-mercado.

Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi presidente do Banco Central de 2003 a 2011. Nesse período, mais de dez milhões de empregos foram criados, isso é um fato, não é questionável”, disse Meirelles, que seguiu elencando dados sobre crescimento médio do PIB e retirada das pessoas da pobreza. “Quero me ater a fatos específicos e que mostram a comparação brutal. O dólar à vista também passou a renovar mínimas. Mas a partir dali, o principal índice da bolsa brasileira passou a operar na contramão de Wall Street, registrando ganhos na casa dos 2%. Segundo Regis Chinchila, da Terra Investimentos, como Meirelles tem um histórico positivo, a sinalização foi vista como pró-mercado pelos investidores.

Em entrevista, ex-ministro da Fazenda ataca gastos de Bolsonaro e aponta risco de recessão em planos de governo.

A Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo e criou um conselho para trabalhar por uma regulamentação [desse negócio]. Não estou dizendo que o voto distrital, principalmente o puro, seria viável no Brasil, com um sistema semipresidencialista. Isso é ruim para o processo democrático? No momento em que se começa a dizer coisas simpáticas eleitoralmente ou, pior, assumir e fazer essas coisas [gastos fora do Orçamento], o resultado é o aumento do risco. O ICMS é a principal fonte de receita dos estados, que são responsáveis por investir, com esse dinheiro, em saúde, educação e segurança. Não acho surpreendente que um partido com a força e importância do PSDB tenha perdido um pouco o protagonismo nessa polarização. O partido não tem importância. Se cada uma for para uma direção, fica complicado porque, de um lado, o BC tenta segurar e, de outro, o executivo fica empurrando. Pelo que está nos programas, a situação é preocupante porque eles não contemplam o que o país precisa. O problema é que isso tem custo para todos, porque sobe inflação, taxa de juros. A questão toda é a partir de 2023, porque não será viável a manutenção desse gasto. Hoje temos juros elevados e a inflação acumulada até agosto é de quase 9%.

Ex-ministro da Fazenda formalizou nesta segunda-feira o apoio à candidatura petista e reacendeu apostas de que poderia ocupar novamente o ministério.

Ao mesmo tempo, a sinalização afasta o risco de que a ala mais à esquerda dentro do PT possa conduzir a economia do País, afirma. O apoio de Meirelles à candidatura de Lula também renovou no mercado a avaliação de que o ex-BC pode ocupar o Ministério da Economia em um eventual novo governo petista. “Além da gestão do BC e de ser um político mais pró-mercado, Meirelles foi um dos mentores do teto de gastos, o que eleva a credibilidade com relação ao arcabouço fiscal do governo Lula.” A campanha de Lula já prometeu, por exemplo, manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem e conceder um adicional de R$ 150 no benefício a cada filho com menos de seis anos nas famílias beneficiárias. “Essa sinalização eu acho que é bastante adequada, no sentido de tentar apaziguar qualquer desconforto que tenha”, diz o analista. Para economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, o movimento reduz o temor com um descontrole das contas públicas e eleva a credibilidade do arcabouço fiscal em um eventual novo governo petista.

Ex-ministro de Temer e ex-presidente do BC disse no Twitter que sempre baseou as suas decisões "em fatos"; outros sete ex-presidenciáveis também ...

Presidente do Banco Central durante os dois mandatos do petista já vinha acenando ao ex-presidente; coordenação da campanha diz que busca novos nomes para ...

O ex-presidente do Banco Central lembrou que no governo Lula o Brasil pagou a sua dívida com o FMI, tinha quase U$ 300 bilhões de reservas internacionais e teve "a menor e mais curta recessão durante a crise" mundial de 2008. — Isso é, na minha opinião o que interessa: é emprego, é renda, é padrão de vida à população. — O objetivo dessa mesa aqui é mostrar os diferentes para derrotar o antagônico. A medida, que visa conter a expansão a expansão das despesas do governo, é criticada por Lula e pelo PT. É possível resolver, mas é uma coisa que vai dar trabalho — afirmou Meirelles, que ainda acrescentou: A campanha tem evitado falar em voto útil para não melindrar possíveis aliados em um eventual segundo turno como a candidata do MDB, Simone Tebet.

Petista se reúne com políticos que já foram candidatos à Presidência, enquanto Bolsonaro ataca TSE e diz que será reeleito.

Haddad disse que a reunião serve para "celebrar as diversidades e nossas diferenças". [o ex-presidente voltou a criticar o teto de gastos](https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/03/lula-volta-a-atacar-teto-de-gastos-e-diz-que-ira-gastar-o-que-for-preciso.shtml), sem citar o mecanismo. A ex-senadora já declarou seu apoio neste ano ao pedetista [Ciro Gomes](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/ciro-gomes/). Essa foto é ampla e sintetiza o momento", disse. "O que vocês estão fazendo é assumir um compromisso de que este país vai voltar a funcionar democraticamente", disse. [ex-governador Geraldo Alckmin (PSB)](https://"Essa fotografia está incompleta, ainda tem pessoas que vamos procurar. "Essa fotografia está incompleta, ainda tem pessoas que vamos procurar. "Vamos para as eleições com a convicção de que vencerá quem tiver mais votos", afirmou. Em seu discurso, Lula voltou a dizer que está trabalhando para tentar ganhar as eleições ainda no primeiro turno. Ele afirmou ainda que seria uma irresponsabilidade deixar a eleição para o segundo turno. "Se nós não ganharmos no primeiro turno, algo de anormal aconteceu dentro do TSE", disse. O encontro é mais um movimento da campanha do ex-presidente em busca da vitória no primeiro turno.

Da esquerda para a direita, Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSB), ...

Segundo especialistas, o mercado financeiro gostou da sinalização, que dá indícios de moderação petista.

A menos que coloque alguém como o Mantega [ex-ministro do governo Dilma], coisa que acho que ele não vai fazer”. Também mostramos a visão de analistas sobre a possibilidade de uma vitória ainda no primeiro turno dos dois candidatos à frente nas pesquisas, o [ex-presidente Lula](https://einvestidor.estadao.com.br/mercado/eleicoes-impacto-vitoria-lula/) e o [presidente Bolsonaro](https://einvestidor.estadao.com.br/mercado/eleicoes-impacto-vitoria-bolsonaro/). “É claro que, se o Lula ganhar as eleições, o que vai fazer mesmo uma reação no mercado é a nomeação dos ministérios. A presença de Meirelles no ato de apoio ao ex-presidente Lula também levantou especulações de que o economista pode voltar a ocupar um cargo na pasta no caso de uma gestão petista – o que acalma parte dos ânimos em um momento em que uma possível equipe econômica não foi definida. Os nomes na composição do governo, caso vença as eleições, é o que vai fazer preço”. Lembrando que o grande desafio do próximo governo é fazer uma reforma administrativa, manter as estatais rodando como estão atualmente, e financiar todos os auxílios que estão acontecendo. Mas é claro que, se o Lula voltar, o que vai fazer mesmo uma reação no mercado é a nomeação dos ministérios. - Meirelles é considerado o “pai” do teto de gastos e tem fácil acesso ao mercado financeiro e ao empresariado do País. “Meirelles é um profissional altamente experiente, que tem fácil acesso aos principais players do mercado financeiro brasileiro e internacional. O apoio pode sim aproximar a Faria Lima de Lula. Embora ainda seja cedo para dizer se a estratégia vai funcionar, dá para adiantar que o mercado gostou, sim, da sinalização. Segundo os especialistas ouvidos pelo E-Investidor, trata-se de uma tentativa de Lula de se aproximar da Faria Lima, que preocupada com temas como responsabilidade fiscal tende a caminhar mais ao lado do presidente [Jair Bolsonaro](https://einvestidor.estadao.com.br/tag/jair-bolsonaro/) (PL), também candidato à reeleição.

“Mostrar quem faz, quem realiza. Essas histórias de só falatório podem impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos, eu olho e vejo o resultado do seu ...

Isso nos faz estar aqui” ( [Henrique Meirelles](https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/henrique-meirelles/), ex-presidente do Banco Central, ao declarar voto no petista [junto com outros sete ex-presidenciáveis](https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/a-nova-prova-de-que-bolsonaro-e-lider-extremista-da-direita/). [Lula](https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/luiz-inacio-lula-da-silva/). Essas histórias de só falatório podem impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos, eu olho e vejo o resultado do seu governo,