Hino Rio grandense

2022 - 9 - 20

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Image courtesy of "UOL Notícias"

Presença Histórica - Fernanda Oliveira - Até quando o racismo será ... (UOL Notícias)

"Mas não basta, pra ser livre, ser forte, aguerrido e bravo. Povo que não tem virtude acaba por ser escravo". Essa foi a estrofe do hino do Rio Grande do ...

[futebol](https://www.uol.com.br/esporte/futebol/) entre [Grêmio](https://www.uol.com.br/esporte/futebol/times/gremio/) e Santos, em Porto Alegre, o goleiro santista Aranha foi xingado de "macaco" e "preto fedido" por integrantes da torcida gaúcha. Não se trata de afirmar que nada mudou, mas, fazendo uso da análise interseccional, é possível reconhecer evidências de que se busca fixar o corpo dos homens negros em lugares de inferiorização sempre que se destacam os marcadores sociais da diferença. O batalhão de lanceiros negros foi atacado completamente desarmado naquilo que é compreendido por parte da historiografia como uma emboscada arquitetada pelas lideranças farrapas e imperiais, nos moldes do que Em linhas gerais, são essas as façanhas e virtudes de uma guerra perdida em que muitas das lutas foram possíveis e mantidas por tanto tempo porque um povo aguerrido por sua liberdade se somou às tropas farroupilhas, mas não viu a palavra de homens brancos da elite ser cumprida. Em 20 de setembro de 1835, teve início o conflito civil que duraria uma década, chegando a 1845. Mais que isso, era necessário contornar aquela experiência de liberdade no pós-conflito, o que se podia entrever pelos acordos que eram construídos. E, como tudo isso nos ajuda a perceber como o racismo se construiu e se mantém até hoje disfarçado sob uma tradição no Rio Grande do Sul? No entanto, é inevitável a relação com a tradição evocada no estado mais ao sul do país em torno de suas façanhas a servir de "modelo a toda terra", como consta no mesmo hino. Mas, mesmo nos rincões mais afastados da capital do estado, a data além de ser feriado é marcada por comemorações. A depender do enquadramento histórico que se dá ao episódio, ele é encarado como Revolução Farroupilha ou Revolta Farroupilha. Para manter-se ativa nos combates, foi necessário recrutar de forma massiva a mão-de-obra escravizada, compondo, para isso, batalhões exclusivos de soldados negros comandados por lideranças brancas. Afinal, consta no mesmo símbolo máximo do estado o trecho "Foi o 20 de Setembro, o precursor da liberdade".

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