Independentemente de quem seja eleito, a empresa tem desafios a serem resolvidos a curto e médio prazos.
O conselho de administração eleito é considerado de alto nível pelo mercado e há planos de que a Eletrobras migre para o Novo Mercado da B3, o mais elevado nível de governança corporativa da bolsa. Eventualmente, algum nome indicado ao conselho ou diretoria da Eletrobras, ou de uma das subsidiárias, pode ser ligado diretamente ao governo, uma vez que a União é acionista relevante da companhia, mas qualquer ingerência indevida tende a ser neutralizada pelos canais competentes da companhia. A perspectiva é de que seja mantida a governança da companhia, independentemente de quem seja eleito. Além disso, a União ainda detém participação acionária relevante e uma "golden share" (ação especial que garante poder de veto para temas estratégicos), o que ainda garante certa ascendência sobre a companhia. A expectativa do mercado é de que a empresa reassuma protagonismo que possuía no setor, com a realização de novos e vultuosos investimentos, especialmente em energias renováveis, seguindo o caminho de seus pares. Os custos e as consequências de uma reversão da capitalização são elevados, a repercussão no mercado financeiro seria negativa e o ônus político, alto, frente a outros temas prioritários, que exigiriam mais atenção do governo.