Annie Ernaux

2022 - 10 - 6

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Annie Ernaux, escritora francesa, ganha Prêmio Nobel de Literatura ... (G1)

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6), pela Academia Sueca, em Estocolmo. A escritora, que escreveu sobre o aborto que fez nos anos de 1960, ...

Barry Sharpless receberam o Nobel pela criação de uma ferramenta criativa para a construção de moléculas como “desenvolvimento da química do clique e da bioquímica bioortogonal”](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/05/nobel-de-quimica-2022-vai-para-carolyn-r-bertozzi-morten-meldal-e-k-barry-sharpless.ghtml). ](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/03/nobel-de-medicina-2022-vai-para-svante-paabo.ghtml)Em 1982, o pai do cientista, Sune Bergstrom, também ganhou o Nobel de Medicina. ](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/04/nobel-de-fisica-2022-vai-para-alain-aspect-john-f-clauser-e-anton-zeilinger.ghtml)Eles levaram o Nobel por estudos sobre a mecânica quântica, um campo da física que investiga o comportamento de partículas muito minúsculas como átomos, elétrons e fótons. Mahmoud - Fundação Nobel (S. Annie é a primeira mulher francesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. A escritora é uma das convidadas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano. Ainda segundo a agência de notícias, a autora já tinha dito anteriormente que escrever é um ato político, abrindo os olhos para a desigualdade social. A primeira delas foi Selma Lagerlöf, em 1909. A estreia da autora foi em 1974, com o romance "Les Armoires Vides", que não foi lançado no Brasil. Entre seus livros está "O Acontecimento", de 2000, em que relata um aborto clandestino que fez nos anos 1960. Professora universitária de Literatura, Annie Ernaux escreveu quase 20 livros, nos quais aborda o peso da dominação das classes sociais e a paixão do amor, dois temas que marcaram sua trajetória. Uma das mais importantes autoras da França, Annie escreve romances sobre a vida cotidiana em seu país.

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Annie Ernaux, vencedora do Nobel, afunda na sua desgraça em 'A ... (Folha)

Autora surpreende pela intensidade com que narra seus dramas em livro que fica entre o ensaio e a catalogação de dados.

"O pior da vergonha é que achamos que somos os únicos a senti-la", escreve a autora. Esse incômodo com o desencontro entre as duas —a menina de 12 anos e a autora de quase 60— é o principal recurso narrativo de "A Vergonha". A eficácia do procedimento, no entanto, é contestado pela própria voz narrativa, que insistentemente afirma a dificuldade de fazer coincidir o eu que escreve, lembra e observa com aquele que viveu os eventos. Não é, e há algo de cruel em lançar a vergonha dela no mundo, por meio da publicação do livro, que atinge e dispara a vergonha pessoal de cada leitor, sem consolá-lo pelo compartilhamento da experiência. A partir daí, ela se volta à sua vida familiar e escolar no interior da Normandia, a fim de arregimentar informações que lhe permitam reconhecer a si própria na menina de 12 anos que vê seu mundo "afundar na desgraça". Mesmo descrevendo os eventos com seu estilo nada dramático, Ernaux faz partir nosso coração. É uma armadilha: as pouco mais de 70 páginas do livro não chegam perto de tornar o episódio trivial. Se elas só confluem no "peso" e no "aniquilamento" ainda sentidos e intraduzíveis, a tarefa é buscar o que as diferencia e o que as une. Assim, embora a parte central do livro, "etnográfica", seja por vezes enfadonhamente objetiva, ela é condição necessária para o baque da seção final, em que vem ao primeiro plano a sensação da quebra insuperável provocada pelo ato do pai e suas consequências no imaginário da adolescente e da adulta. Em "A Vergonha", isso significa descrever minuciosamente as regras explícitas ou não da escola religiosa particular em que estudava, bem como o ambiente doméstico que compartilhava com os pais, também marcado pela prática católica. Publicada na França em 1997 e trazida agora ao Brasil na ótima tradução de Marília Garcia, "A Vergonha", em sua linguagem sem concessões ao artifício, não surpreenderá os leitores familiarizados com a [que acaba de vencer o Nobel de Literatura](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/nobel-de-literatura-premia-a-francesa-annie-ernaux.shtml), escreve que todo relato "normaliza o ato, inclusive o mais dramático deles".

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Francesa Annie Ernaux vence Nobel de Literatura 2022 (Poder360)

Escritora é laureada “pela coragem” em desvendar “raízes, estranhamentos e constrangimentos coletivos da memória pessoal”. Leia no Poder360.

Seus pais “haviam passado da sobrevivência proletária para uma vida burguesa, onde as lembranças do chão de terra batida nunca desapareciam, mas onde a política raramente era abordada”. [Prêmio Nobel](https://www.poder360.com.br/tag/premio-nobel/) de [Literatura 2022](https://www.poder360.com.br/tag/premio-nobel-de-literatura/). “É uma narrativa em 1ª pessoa, e a distância do eu histórico não é enfatizada como em muitas outras obras. Sem contar com o apoio dele ou da família, ela inicia a jornada em busca de um aborto clandestino. Conforme o comitê, Anne Ernaux possui um estilo clássico e distinto. Esse último é

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Três obras para conhecer Annie Ernaux, vencedora do Prêmio ... (GauchaZH)

Livros da francesa foram publicados no Brasil pela editora Fósforo e há ainda outros dois para chegarem às livrarias · Julie SEBADELHA / AFP Annie Ernaux é ...

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Annie Ernaux: três livros essenciais da vencedora do Nobel de ... (VEJA.com)

Com obras curtas e contundentes, a autora francesa tem ganhado espaço nas livrarias brasileiras; confira alguns títulos para conhecê-la.

Original e ousada, a obra é uma espécie de biografia impessoal de Annie Ernaux. Nas obras, ela bebe de memórias pessoais para dissecar a história do mundo e os conflitos humanos. [laureada com o Nobel de Literatura](https://veja.abril.com.br/cultura/nobel-de-literatura-2022-vai-para-autora-francesa-annie-ernaux/), possui uma escrita profunda e fluida, que mistura memórias pessoais atreladas a momentos históricos da Europa, em livros curtos, mas contundentes.

Francesa Annie Ernaux vence o Nobel de Literatura (UOL Notícias)

A escritora francesa Annie Ernaux, conhecida por seus romances sobre classe e gênero baseados em sua experiência pessoal, foi anunciada nesta quinta-feira ...

"Sua obra carece de concessões e está escrita em uma linguagem simples, limpa", destacou o acadêmico Anders Olsson ao apresentar o trabalho da vencedora do Prêmio Nobel. Entre suas obras estão "Os Armários Vazios" (que não foi lançado no Brasil, 1974), "O Acontecimento" (2000) e "Os Anos" (2008). "Considero que é uma grande honra e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade receber o Prêmio Nobel", declarou Ernaux ao canal de televisão sueco SVT.

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“Eu não conhecia minha própria juventude”, diz Annie Ernaux sobre ... (Estadão)

Documentário dirigido pela ganhadora no Nobel de Literatura (ao lado do filho David) será exibido na Mostra de Cinema de São Paulo.

O outro sentimento, a certeza de que essas imagens contêm um período importante da minha vida, quando estava começando a escrever, prestes a publicar meu primeiro livro e o processo inevitável separação do meu casamento. David - Não experimentei nenhum sentimento particular, exceto o de uma familiaridade muito grande. Essas imagens silenciosas, eu quis integrá-las em uma trama que cruzasse o íntimo, o social e a história, para tornar sensível o gosto e a cor destes anos”, disse Annie, no material de divulgação do longa. Annie - Primeiro a agudeza da passagem do tempo. O filme Os Anos do Super-8 ganhou uma inesperada relevância dentro da programação da 46ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo, que começa no dia 20. Veja a entrevista que Annie e David concederam à organização de Cannes sobre o filme.

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Francesa Annie Ernaux ganha o Nobel de Literatura (O Antagonista)

A escritora francesa Annie Ernaux ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2022. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (6) pela Academia Sueca, ...

Entre suas obras principais está “O Acontecimento”, em que relata um aborto que fez nos anos de 1960. Entre seus temas estão a dominação das classes sociais, abuso sexual e aborto. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (6) pela Academia Sueca, em Estocolmo.

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Francesa Annie Ernaux ganha Prêmio Nobel de Literatura de 2022 (Forbes Brasil)

Primeira mulher francesa a ganhar o Nobel de literatura, Annie Ernaux escreveu obras como "Os Anos", "O Lugar" e "A Vergonha"

Ela já havia dito anteriormente que escrever é um ato político, abrindo nossos olhos para a desigualdade social. “É uma grande responsabilidade… “Fiquei muito surpresa…

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Francesa Annie Ernaux ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2022 (Estadão)

Feminista e autora de uma vasta obra autobiográfica, Annie Ernaux falou brevemente sobre o prêmio: 'Estou muito feliz e orgulhosa'

[confira a entrevista concedida ao Estadão](https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,nobel-de-literatura-de-2021-abdulrazak-gurnah-escreve-sobre-os-efeitos-do-colonialismo,70004024588)). Em 2001, a premiada foi a poeta americana Louise Glück. O escritor Salman Rushdie, que sofreu um ataque em agosto, nos Estados Unidos, era considerado como um dos favoritos ao Nobel de Literatura 2022. Annie Ernaux acaba de dirigir, com o filho, David Ernaux-Briot, um documentário. “Estamos radiantes com o anúncio do Prêmio Nobel para a nossa autora Annie Ernaux. A autora francesa não atendeu a ligação da Academia Sueca no início da tarde de ontem (começo da manhã no Brasil). Quando tinha 12 anos, seu pai tentou matar sua mãe e a experiência traumática resultou em um sentimento que a acompanharia para o resto da vida. Horas depois do anúncio, Annie Ernaux falou com a imprensa na sua editora, a Gallimard, em Paris. Anders Olsson, presidente do comitê do Nobel de Literatura, disse que Ernaux se refere a si como “uma etnóloga de si mesma” em vez de uma escritora de ficção. A cerimônia de premiação será em Estocolmo, na Suécia, no dia 10 de dezembro. Mais tarde, falou rapidamente com a imprensa na porta de sua casa, em Cergy, pequena cidade a 30 quilômetros de Paris. Annie Ernaux escreve sobre sua vida.

Annie Ernaux em cinco livros (GauchaZH)

Essas são algumas das principais obras da escritora francesa Annie Ernaux, que recebeu nesta quinta-feira (6) o Prêmio Nobel de Literatura.

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Annie Ernaux: 5 livros para conhecer a vencedora do Prêmio Nobel ... (Exame Notícias)

Francesa é considerada um dos principais nomes da literatura contemporânea e já tem quatro obras publicadas no Brasil.

Lançado este mês no Brasil, A Vergonha mostra, mais uma vez, uma autora buscando compreender a si e o mundo que a cerca. Inaugurada em 2021, a editora Fósforo já publicou quatro livros da escritora (O Lugar, Os Anos, O Acontecimento e A Vergonha) e prepara mais um para a Festa Literária Internacional de Paraty (RJ): O Jovem. Nesta autobiografia impessoal, Annie Ernaux lança mão de um sujeito coletivo e indeterminado, que ocupa o lugar do eu para dar luz a um novo gênero literário, no qual recordações pessoais se mesclam à grande história. No livro, ela parte da morte do pai para esmiuçar relações familiares e de classe, numa mistura entre história pessoal e sociologia que décadas mais tarde serviria de inspiração declarada a autores como Édouard Louis e Didier Eribon. Nascida na França em 1940 e um dos principais nomes da literatura contemporânea, Annie Ernaux aborda em seus livros temas profundamente pessoais, que revolucionaram o gênero da autoficção, como relações familiares e de classe, violência e aborto. A escritora francesa Annie Ernaux ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2022.

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Annie Ernaux: conheça as obras da vencedora do Nobel publicadas ... (Galileu)

Para criticar a estrutura de classes e a desigualdade de gênero, a escritora francesa relata memórias pessoais com significado coletivo, inclusive um aborto ...

De qualquer forma, o eu se torna um objeto através das restrições morais de uma sociedade repressiva e da atitude paternalista das pessoas com quem ela é confrontada”, descreve a organização do Nobel. “A literatura lhe dá um refúgio para escrever o que é impossível comunicar em contato direto com os outros”, afirma a academia sueca. Sem ser apoiada por ele ou pela família em uma época em que o procedimento era ilegal na França, a autora destrincha o acontecimento nesta narrativa quarenta anos depois, quando já é uma das principais escritoras do país. De acordo com a Academia Real das Ciências da Suécia, trata-se do projeto mais ambicioso da escritora. De acordo com o comitê do Nobel, Ernaux recebe a honraria por sua “coragem e acuidade clínica com que desvenda as raízes, os distanciamentos e as restrições coletivas da memória pessoal". “Mesmo que ainda exista uma voz narrativa, ela é neutra e, na medida do possível, anônima”. “Para Ernaux, antes da estreia sexual, a vergonha acaba sendo o único traço duradouro da identidade pessoal”. Trata-se de uma mistura entre história pessoal e sociologia que, décadas mais tarde, inspiraria expoentes da autoficção mundial e grandes nomes da literatura francesa como Édouard Louis e Didier Eribon. A escritora relata em sua bibliografia suas memórias pessoais, questionando a estrutura de classes machista e patriarcal na França. Nisso, a francesa retratou as mudanças políticas e sociais dos últimos 80 anos. Todas as obras da escritora publicados no Brasil são da Editora Fósforo. Seus livros são considerados clássicos modernos na França.

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"Eu não conhecia minha própria juventude", diz Annie Ernaux sobre ... (Terra)

Documentário dirigido pela ganhadora no Nobel de Literatura (ao lado do filho David) será exibido na Mostra de Cinema de São Paulo.

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