Cantor elogia o presidente ao lançar inéditas escritas com seu parceiro, que tem sido resgatado na fervura política do país.
"Acho que ele tem coisas muito positivas, mas peca muito na hora que fala. Já votei em [Lula,](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/lula/) já estive com Fernando Henrique, Itamar, Mário Covas, Dilma, Aécio, mas neste momento devo ficar na minha e ver o que povo brasileiro vai decidir para que a gente viva dias melhores a partir de agora." Foi um artista que a gente pensou em convidar para o disco. As outras são "Paralelas" (ao vivo, extraída do mesmo show de onde saiu o registro de "Mucuripe" que se ouve no disco), "Na Hora do Almoço" (vencedora do Festival Universitário de Música Brasileira, em 1971, um marco da chegada do Pessoal do Ceará) e "Galos, Noites e Quintais". Amelinha, testemunha e partícipe do início da história de Belchior e Fagner, canta em "Bolero em Português". "Do que tive oportunidade de ouvir, A ideia da participação de seu conterrâneo Xand Avião em "Noves Fora", num misto de forró contemporâneo e samba-rock, surgiu quando eles se conheceram numa live. No disco, chama a atenção a inédita "Posto em Sossego", que assim como "Alazão" foi encontrada nos arquivos da censura pelos pesquisadores Renato Vieira e Marcelo Fróes. "Meu Parceiro Belchior" é um projeto de Robertinho do Recife, que assina a produção e os arranjos. [Raimundo ](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/01/fagner-recupera-a-seresta-em-disco-para-quem-sofre-de-amor-durante-a-quarentena.shtml) [Fagner](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/01/fagner-recupera-a-seresta-em-disco-para-quem-sofre-de-amor-durante-a-quarentena.shtml) e [Belchior](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/01/saiba-por-onde-belchior-passou-depois-que-deixou-a-familia-e-os-palcos.shtml) tinham ainda 20 anos quando escreveram juntos "Mucuripe", gravada por [Roberto Carlos](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/roberto-carlos/) em 1975, quando ter uma canção na voz do Rei era uma carta de entrada no primeiro time da MPB. As outras duas, "Posto em Sossego" e "Alazão", estavam inéditas até agora. "Briga mesmo, de porrada", Fagner descreveu certa vez.
'Meu Parceiro Belchior' traz duas canções encontradas nos arquivos da censura que nunca haviam sido gravadas.
O que explicaria o fato de Fagner e Belchior fazerem parte de uma geração de poucos cearenses a quebrarem a hegemonia de outras regiões, uma exposição nacional de uma região que não se repetiria nas mesmas dimensões depois daqueles anos 1970, Fagner avalia: “Nós fomos muito beneficiados pelo momento. O que ele significou, o que eu signifiquei.” Sobre o rompimento que tiveram por divergências artísticas, Fagner prefere não se pronunciar. Sobre seu amigo Belchior, qual seria a sensação de colocar na praça um disco que nunca conseguiram fazer em vida, com a obra dos dois? “Só um cara tão genial quanto Belchior poderia ter esse dilema consigo mesmo.” Ele se refere a uma possível tentativa do amigo de romper com o próprio passado, eliminando um Belchior cantor que já não lhe interessava mais. “Foram as duas músicas que fizeram com que seguíssemos em frente com a ideia”, diz Fagner. “Ontem mesmo localizei uma letra que me foi presenteada pelo Millôr Fernandes e me lembrei da melodia que havia feito para ela.” Ao serem encaminhadas para a análise da censura, as músicas Alazão, de Fagner, Belchior e Fausto Nilo, e Posto em Sossego, de Fagner e Belchior, feitas entre 1971 e 1972, não tiveram problema algum com os censores e foram liberadas, mas não chegaram a ser gravadas. Há poucos meses, lançou um disco com Renato Teixeira chamado Naturezas, cantando também Mucuripe e ainda Tocando em Frente, Eu Só Quero Ser Feliz e Rastros da Paixão, com participação de Almir Sater. Há ainda Galos, Noites e Quintais, de 1976, com Robertinho de Recife nas cordas, e Moto 1, de 1973. A Palo Seco traz a voz reaproveitada do próprio Belchior, cantando em um disco de Fagner pela primeira vez. [Robertinho de Recife](https://www.estadao.com.br/cultura/musica/dizplay-ze-ramalho-diz-que-nao-ha-mais-delirio-na-musica-brasileira/), [Fagner](https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,fagner-e-renato-teixeira-lancam-album-repleto-de-historias,70004079377) já tinha um projeto de gravar um disco voltado às músicas feitas com Belchior. Mas veio a pandemia, outros trabalhos se sobrepuseram e Fagner levou o encontro póstumo com [Belchior ](https://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,documentario-retrata-belchior-um-dos-artistas-mais-incomuns-da-musica-brasileira,70004100318)em banho-maria, até que o destino, ou um golpe de baioneta do passado, reacendesse suas vontades.
Cinco anos depois da morte do amigo, com quem teve discordâncias, Fagner joga luz sobre recém-redescobertas parcerias da dupla, nunca antes gravadas.
— O Belchior era intelectual, eu sempre fui um cara de disco, que pensava em rádio, em execução e em fama. A gente tinha exemplos de movimentos que ganharam os holofotes, os corações do público, era um momento muito rico e o nosso pensamento era de nos inserirmos nessa história — analisa Fagner, que se reconhece como a parte mais ambiciosa da parceria. Ele tinha outras preocupações, até porque era um cara muito mais preparado do que eu, formou-se em Medicina e Teologia... E eu falei: “Qual foi o último disco teu do qual eu participei?”. [surpreendente culto que nasceu no meio da juventude à sua obra](https://oglobo.globo.com/cultura/musica/ano-passado-morri-mas-esse-ano-nao-morro-cancao-de-belchior-vira-hino-de-2021-24813620)), Fagner diz ter ficado quieto. O poeta Brandão, que fazia parte do nosso movimento, dizia que a gente andava tão de costas um para outro que, como a Terra era redonda, fatalmente um dia a gente ia se encontrar — brinca o cantor, que hoje, no dia do seu aniversário de 73 anos, lança o álbum “Meu parceiro Belchior”, uma festa para o colega, cinco anos após sua morte.
O artista resgatou faixas em parceria com Belchior, incluindo inéditas que estavam nos arquivos da censura da ditadura militar.
“Hora do almoço”, primeira música de Belchior que se tornou conhecida em festival, ganhou uma gravação inédita de Fagner nesse novo álbum, além de acordes de guitarra de Robertinho de Recife, produtor musical e arranjador do projeto. Outra música considerada inédita é “Bolero em Português” (Belchior e Fagner), datada de 1971 ou 1972, que foi gravada clandestinamente pela cantora Cláudia Versiani, em 1978. “Espacial foi a primeira música do Belchior que eu ouvi antes da gente ser parceiro”, recordou. A gente tinha essa obrigação de fazer esse disco”, disse Fagner em entrevista a jornalistas, da qual O Liberal participou. A canção “Paralelas” (1975) foi extraída do mesmo show para o projeto. Junto com Raimundo Fagner, ele assinou sucessos como “Mucuripe” (1972), que chegou a ser gravada por Elis Regina e Roberto Carlos.
Estimulado pelo produtor Robertinho de Recife, Fagner já tinha um projeto de gravar um disco voltado às músicas feitas com Belchior.
Diante do lançamento de seu disco sobre Belchior, o cantor e compositor Raimundo Fagner voltou a elogiar a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) à frente ...
Mas no governo em si, na questão econômica, ele está muito bem”. Já votei em Lula, já estive com Fernando Henrique, Itamar, Mário Covas, Dilma, Aécio, mas neste momento devo ficar na minha e ver o que o povo brasileiro vai decidir para que a gente viva dias melhores a partir de agora”, declarou, em entrevista à Folha de S.Paulo. Sua avaliação da polícia econômica bolsonarista é positiva, apesar das ressalvas em relação ao comportamento e às falas do presidente: “Acho que ele tem coisas muito positivas, mas peca muito na hora que fala.
Das 12 faixas, oito são parcerias de Fagner com Belchior, que morreu em 2017. O cantor guarda memórias de cada canção.
As outras são “Paralelas” (ao vivo, extraída do mesmo show de onde saiu o registro de “Mucuripe” que se ouve no disco), “Na Hora do Almoço” (vencedora do Festival Universitário de Música Brasileira, em 1971, um marco da chegada do Pessoal do Ceará) e “Galos, Noites e Quintais”. Amelinha, testemunha e partícipe do início da história de Belchior e Fagner, canta em “Bolero em Português”. A ideia da participação de seu conterrâneo Xand Avião em “Noves Fora”, num misto de forró contemporâneo e samba-rock, surgiu quando eles se conheceram numa live. “Meu sonho era um dia cantar com Caetano Veloso, se ele topasse, para a gente desfazer essa história. Fagner diz não acompanhar de perto a cena atual da música brasileira, mas cita um artista que atraiu seu olhar. No disco, chama a atenção a inédita “Posto em Sossego”, que assim como “Alazão” foi encontrada nos arquivos da censura pelos pesquisadores Renato Vieira e Marcelo Fróes. “Meu Parceiro Belchior” é um projeto de Robertinho do Recife, que assina a produção e os arranjos. Outra preciosidade é a rara “Bolero em Português”, que a dupla escreveu para Angela Maria, mas a cantora acabou não gravando. As outras duas, “Posto em Sossego” e “Alazão”, estavam inéditas até agora. Frejat faz dueto com Fagner em “Contramão”. Há muita história, portanto, em “Meu Parceiro Belchior”, disco que o cantor lança nesta sexta-feira, quando completa 73 anos, pela Universal Music. “Briga mesmo, de porrada”, Fagner descreveu certa vez.
Das 12 faixas, oito são parcerias de Fagner com Belchior, que foi um dos representantes do grupo que ficou conhecido como Pessoal do Ceará.
As outras são “Paralelas” (ao vivo, extraída do mesmo show de onde saiu o registro de “Mucuripe” que se ouve no disco), “Na Hora do Almoço” (vencedora do Festival Universitário de Música Brasileira, em 1971, um marco da chegada do Pessoal do Ceará) e “Galos, Noites e Quintais”. Amelinha, testemunha e partícipe do início da história de Belchior e Fagner, canta em “Bolero em Português”. Mas no governo em si, na questão econômica, ele está muito bem”. Pela linguagem, pela luta, a gente necessariamente traz esse cunho político”. Frejat faz dueto com Fagner em “Contramão”. Fagner diz não acompanhar de perto a cena atual da música brasileira, mas cita um artista que atraiu seu olhar. No disco, chama a atenção a inédita “Posto em Sossego”, que assim como “Alazão” foi encontrada nos arquivos da censura pelos pesquisadores Renato Vieira e Marcelo Fróes. “Gravei essa música com Cazuza em 1985”, lembra o cearense. Outra preciosidade é a rara “Bolero em Português”, que a dupla escreveu para Angela Maria, mas a cantora acabou não gravando. As outras duas, “Posto em Sossego” e “Alazão”, estavam inéditas até agora. Há muita história, portanto, em “Meu Parceiro Belchior”, disco que o cantor lança nesta sexta-feira, quando completa 73 anos, pela Universal Music. “Briga mesmo, de porrada”, Fagner descreveu certa vez.
Meu Parceiro Belchior relembra singles de décadas passadas e conta com participações de Amelinha, Frejat, Xand Avião e do próprio Belchior.
Sobre as músicas, Mucurico é a parceria mais importante com Belchior, foi a que abriu as portas do mercado para o nosso ritmo, mas Hora do Almoço é um marco porque foi com esse som que Belchior ganhou o festival universitário no Rio de Janeiro”, conta. Sobre os planos futuros, Fagner revelou que a intenção é fazer um DVD para contemplar o disco, à moda antiga. Lamento que a gente não tenha feito mais trabalhos, mais produções”, revelou o artista. Sobre a produção, o cantor confessou sentir saudade do colega de profissão durante a gravação das músicas. Ele tem essa ideia há muitos anos e calhou de ser realizado na Universal, a gravadora dos meus primeiros discos e do Belchior também. Meu Parceiro Belchior está disponível em todas as plataformas digitais e traz singles do cantor que foram sucesso em décadas passadas sendo revisitados por Fagner.
Estimulado pelo produtor Robertinho de Recife, Fagner já tinha um projeto de gravar um disco voltado às músicas feitas com Belchior. Era uma ideia que todos ...
Com mais de 30 álbuns lançados, Raimundo Fagner se prepara para divulgar Meu Parceiro Belchior (2022), disco em homenagem ao cantor e compositor Belchior, ...
As outras são "Paralelas" (ao vivo, extraída do mesmo show de onde saiu o registro de "Mucuripe" que se ouve no disco), "Na Hora do Almoço" (vencedora do Festival Universitário de Música Brasileira, em 1971, um marco da chegada do Pessoal do Ceará) e "Galos, Noites e Quintais". A canção é uma das quatro faixas que Belchior não assina com Fagner, que integram as faixas descobertas de Renato Vieira e Marcelo Fróes. O número, modesto para uma parceria iniciada no início dos anos 1970, é um atestado da relação conturbada que tiveram, mas que jamais impediu a admiração mútua pela arte, frisa Fagner para a Folha Ilustrada.
Ao lançar disco com Belchior, cantor afirma que presidente tem boa gestão econômica e evita declarar voto.
[artistas não são obrigados a se envolver com política](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/de-anitta-a-gusttavo-lima-por-que-influencia-de-artistas-nas-eleicoes-nao-e-decisiva.shtml). Pela linguagem, pela luta, a gente necessariamente traz esse cunho político." "Votei no Bolsonaro em 2018. Já votei em Mas no governo em si, na questão econômica, ele está muito bem", diz. "Acho que ele tem coisas muito positivas, mas peca muito na hora que fala.