Napoli

Maradona queria, o Olympique de Marseille queria, mas não passou de um bombástico negócio que nunca se consumou - primeiro em 1989 e depois em 1992.

Mas não que Maradona se visse muito melhor entre a redenção prometida na Copa de 1994 e a queda em novo caso de doping, agora por uso de estimulantes. Para que seus jogadores não se preocupassem com o Campeonato Francês antes da final da Champions, o dirigente subornou jogadores do Valenciennes e armou o resultado na campanha do penta nacional do Olympique de Marseille. No compromisso seguinte, reempossado com a braçadeira de capitão, o camisa 10 anotou o seu no empate com a Cremonese. E surgiam rumores até de que o Olympique negociaria com César Luis Menotti, treinador campeão do mundo com a Argentina em 1978, para convencer o craque. Reafirmou que o Estádio Vélodrome permanecia no seu horizonte: “As intenções do Olympique eram sérias e a oferta era muito atrativa para qualquer jogador. E não que o Olympique de Marseille estivesse sozinho nas manchetes. Garantia que a questão não girava ao redor do Olympique de Marseille, mas de sua própria segurança e do bem-estar da família. A cada semana ao longo de agosto, surgia a informação de que o craque desembarcaria na Itália, mas ele permanecia na Argentina. Segundo a imprensa francesa, a proposta do Olympique não apenas quebraria o recorde de transferência mais cara da história até então. Inclusive, de que estava envolvido com a Camorra, a máfia napolitana, e de que participava de uma rede de tráfico de drogas. E nada representa mais esse sentimento do que o Olympique de Marseille. O Olympique de Marseille, afinal, nadava em dinheiro a partir da segunda metade dos anos 1980.