Trezeguet

Consagrado com a seleção francesa, mas criado durante toda a juventude na Argentina, Trezeguet viveu o grand finale de sua história no futebol com os gols ...

Trezeguet ainda tinha contrato com o River Plate, mas não pôde se reintegrar ao primeiro time no segundo semestre de 2014. Anotou dois gols numa vitória sobre o Nacional em Montevidéu, mas a queda dos rojinegros aconteceu logo na fase de grupos, abaixo de Grêmio e Atlético Nacional na dura chave. Surgiu o River e o que mais me ajudou é que na família todos me apoiaram. Já a partida que mostrou como Trezeguet de fato ajudaria aconteceu no meio de março. Ao lado de um tio materno, o centroavante rodou por diferentes estádios de Buenos Aires para ver futebol e absorver a velha paixão. Seria titular em parte da Copa do Mundo de 1998, com a assistência decisiva no gol de ouro contra o Paraguai nas oitavas. E se não deu para repetir o título, deu para Trezeguet estourar. E, diante da falta de centroavantes tão confiáveis, o prodígio ganhou a primeira convocação para a seleção principal em janeiro de 1998. E foi para lá que voltou, aos 34 anos, para sentir algo único em sua carreira: o gosto de tirar o time de coração do pior momento de sua história. O atacante não chegou a um acordo com o PSG. A precocidade do centroavante parecia suficiente para conseguir uma convocação para o Mundial Sub-17 de 1995 com a Argentina, o que por pouco não ocorreu, limitado à pré-lista de José Pekerman – que o elogiaria como “aquele garoto de bom físico que não para de fazer gols”. Porém, nenhum millonario vai se esquecer do que o centroavante ofereceu naqueles dias: uma dose de alento, a paixão sem fronteiras e, afinal, os dois gols que encerraram o martírio, com a conquista do acesso.