Renegociação da dívida do município e protestos de junho de 2013 estão entre os marcos da passagem do petista pela prefeitura paulistana.
Então esse é um tipo de padrão de política econômica que o ministro Haddad precisa evitar. Mesmo com investimentos recordes, saneamento das contas públicas e a conquista do grau de investimento pelo município, Haddad não conseguiu se reeleger prefeito em 2016. Isso parece central ao presidente Lula neste momento, num início de mandato marcado por limitação do capital político [de Lula] e por uma realidade diferente daquela de 2003, com uma rejeição mais alta, fruto das administrações petistas anteriores e do processo de polarização e radicalização política." E a retórica que o presidente Lula adotou na transição não foi uma retórica 'market friendly', amigável ao ambiente de negócios que o Brasil precisa construir", diz Salomão. "A redução da dívida municipal, muito embora tenha gerado efeito importante para o caixa da prefeitura, não foi fruto de uma gestão fiscalista ou de corte de gastos", observa. "Hoje, a despesa obrigatória da União representa cerca de 92% do Orçamento. Também cita que Haddad realizou diversas reformas na gestão tributária para inibir sonegação e reduzir o estoque de créditos tributários. "Essa questão da dívida tem que se olhar pelo prisma da preocupação dele [Haddad] de longo prazo com a solvência do ente federativo [o município]. Ainda no âmbito tributário, Ceron cita o aumento da arrecadação fruto de revisão feita no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). "O principal problema desse endividamento era o contrato de renegociação de dívida com a União", explica o gestor público. Agora era possível ver o final dessa dívida e começou um processo de redução dos pagamentos, o que foi gerando um alívio fiscal crescente ao longo dos anos", diz Ceron. Concorreu à reeleição para prefeito em 2016, à presidência da República em 2018 e ao governo de São Paulo em 2022, sendo derrotado nas três tentativas.