Íntegra do discurso da ministra Marina Silva, durante a cerimônia de transmissão do cargo, em Brasília (DF)
Nada poderia ilustrar melhor o compromisso deste novo Governo com a questão do que a criação da Assessoria de Participação Social e Diversidade, ligada diretamente ao Gabinete da Ministra. Esse é um compromisso de nosso país, mas contamos com a cooperação internacional para provarmos que é possível gerar riqueza sem destruir o meio ambiente. É com essa compreensão de que pretendo que meu trabalho à frente do Ministério venha a valorizar o seu trabalho e o seu papel. A situação foi tão grave que houve o reconhecimento judicial do STF do Estado de Coisas Inconstitucionais na Pauta Ambiental, com uma série de comandos judiciais para reverter a situação. Quero retomar o nosso compromisso e reconhecimento da participação social como elemento estratégico da atuação do Estado brasileiro em sua relação com a sociedade. A política nacional de meio ambiente é feita e sustentada graças à participação social. Além dessas inovações, retomadas e fortalecimentos, gostaria de destacar a importância da participação e o controle social. Para tanto, criamos a Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável. Para isso, é fundamental investir em governança territorial, em fazer a destinação de florestas públicas federais não destinadas na Amazônia assim como investir em políticas para que tenham impacto sobre o uso da terra, de forma sustentável. Retorna também a gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos e inauguramos o departamento de proteção, defesa e direitos animais. De 2019 para cá, não foi apenas a transferência de funções do Ministério do Meio Ambiente para outros órgãos. O estrago só não foi maior porque as organizações da sociedade, os servidores públicos, vários parlamentares, o Ministério Público e a Alta Corte do poder judiciário se somaram em defesa do meio ambiente.
Em evento lotado, ministra condenou a gestão do ex-ministro Ricardo Salles e anunciou nova secretaria para frear o desmatamento.
Já em 2018, Marina concorreu pela Rede e teve 1 milhão de votos. [área de floresta desmatada da Amazônia Legal ](https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/08/17/amazonia-legal-tem-o-maior-desmatamento-em-15-anos-aponta-imazon.ghtml)em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. Em 2014, pelo PSB, ela repetiu o terceiro lugar, desta vez com 22,1 milhões de votos. Marina Silva afirmou que o comando da nova estrutura não será uma indicação política e nem diplomática. A ministra também criticou o que, para ela, foi um desmonte do governo anterior nos órgãos de defesa do meio ambiente. A ministra fez críticas à gestão anterior, disse que o Brasil deixará de ser um pária ambiental e anunciou novas secretarias dentro da pasta, como a de Controle ao Desmatamento (veja detalhes mais abaixo). Em 2022, ela foi eleita deputada federal por São Paulo. Recebeu 19,6 milhões de votos e ficou em terceiro. A implementação do plano, no entanto, estava atrelada ao Fundo Amazônia. "Quando chegarmos ao desmatamento zero, não precisará da Secretária Extraordinária de Desmatamento. Já o PPCDam foi criado objetivamente para o combate à perda de floresta na Amazônia Legal. Inclusive nossos companheiros da Anvisa, fundamentais nesse processo na pandemia."
Marina volta ao posto anos após ter comandado a pasta durante os dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2008.
Candidata à Presidência em 2014 e 2018, ele recebeu 22 milhões de votos no primeiro, e 1 milhão, no segundo A reaproximação com o PT se deu neste ano, quando Marina anunciou apoio à candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo. E ressaltou a necessidade de o país parar de ser um "pária internacional" na questão ambiental e que o tema é fundamental para a retomada de acordos e investimentos estrangeiros. Eleita deputada federal por São Paulo, com 237 mil votos, ajudou a Rede a ultrapassar a cláusula de barreira, que exige um mínimo necessário de votos para manter o partido no parlamento. — A sustentabilidade não é uma maneira só de fazer, é uma maneira de ser, é uma visão de mundo, um ideal de vida. Nascida em um seringal perto de Rio Branco, ela organizou movimentos sindicais e em defesa dos mais pobres. A ministra fez uma dura crítica ao governo Jair Bolsonaro, dizendo que "boiadas passaram em lugares onde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental" e decretou o "fim da perseguição" aos servidores ambientais. Evangélica da Assembleia de Deus, Marina iniciou a sua fala, agradecendo a Deus. A ministra chegou a passar mal ao finalizar o seu discurso, que durou cerca de 50 minutos. – Marina, pode contar conosco com o melhor empenho de cada um de nós ministros. Ela teve uma leve queda de pressão depois de ser cercada por dezenas de apoiadores que celebravam a sua posse. Este último foi demitido do governo Bolsonaro ao criticar o negacionismo científico da antiga gestão. Boiadas passaram em lugares onde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental — afirmou ela, e acrescentou: — O estrago só não foi maior porque servidores e parlamentares se colocaram a frente de todo esse processo de desmonte, sobretudo servidores públicos e setores do Judiciário.
Depois de ter deixado o ministério 14 anos atrás, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina retorna ao comando do MMA com a missão de ...
As principais decisões da ministra: Criar a Secretaria Extraordinária do Combate ao Desmatamento, conforme adiantado pelo UOL; Criar a Autoridade Nacional de ...
Por isso, faz-se urgente a retomada imediata de alguns dos principais conselhos de participação social" A situação foi tão grave que houve o reconhecimento judicial do STF [Supremo Tribunal Federal] do Estado de Coisas Inconstitucionais na pauta ambiental, com uma série de comandos judiciais para reverter a situação. Ela voltou a se unir ao PT contra Bolsonaro no ano passado. Boiadas se passaram no lugar onde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental. Alinhada à pauta de desenvolvimento sustentável que Lula tem pregado desde a campanha, e encampado por seus ministros da área econômica, Marina afirmou que "o papel do [Jair Bolsonaro](https://noticias.uol.com.br/politica/governo-bolsonaro/) (PL) na pasta e ironizou a gestão anterior, de Ricardo Salles, que defendeu [ "passar a boiada" para afrouxar regras ambientais](https://noticias.uol.com.br/videos/2020/05/23/salles-defende-aproveitar-momento-para-passar-a-boiada-e-simplificar-normas.htm), durante a pandemia.
Ministra anunciou fim da perseguição a servidores e ativistas e detalhou conselho interministerial chefiado por Lula.
"Conceitos modernos como o da justiça climática e do racismo ambiental farão parte da agenda e dos paradigmas que orientarão as nossas políticas", declarou Marina. Uma das ambientalistas mais aclamadas do mundo, a acreana que atuou ao lado de Chico Mendes disse que o combate às mudanças climáticas será prioridade. Outra obstáculo do governo no setor é o enfrentamento do crime ambiental, consolidado sob Bolsonaro. "O papel do MMA não é ser um entrave às justas expectativas de desenvolvimento econômico e social de nossa população. Marina aproveitou a cerimônia de posse para homenagear lideranças assassinadas durante a gestão Bolsonaro, entre eles Bruno Pereira, Dom Phillips e Jonildo Guajajara. "Basta de perseguição, basta de assédio. Após o resultado das eleições, houve uma corrida pela destruição da floresta em redutos bolsonaristas da Amazônia. Na cerimônia que lotou o Palácio do Planalto, a ambientalista disse que, a partir deste ano, a pasta se chamará Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, mantendo-se a sigla MMA. "Boiadas passaram onde deveriam ter passado apenas políticas de preservação ambiental", afirmou a ex-seringueira. Vocês [servidores] merecem e serão respeitados". Ela prometeu trabalhar em conjunto com servidores, ativistas e pesquisadores, setores escanteados nos últimos quatro anos. [Marina Silva](https://www.brasildefato.com.br/2022/10/05/marina-acredita-que-ciro-e-tebet-estarao-ao-lado-da-democracia-contra-bolsonaro) voltou a assumir nesta quarta-feira (4) o comando da [área ambiental](https://www.brasildefato.com.br/2023/01/04/especialistas-comemoram-atos-de-lula-no-meio-ambiente-mas-destacam-que-devem-ser-so-o-comeco) do país.
Marina Silva assumiu o Ministério do Meio Ambiente, 15 anos após ter deixado o comando da pasta no segundo mandato do presidente Lula.
Ela prometeu retomar a realização da Conferência Nacional do Meio Ambiente e também da Conferência Infantojuvenil do Meio Ambiente. Também foram criados na pasta departamentos voltados para a execução da política nacional de recursos hídricos e de proteção e defesa dos direitos animais. O MMA perdeu o Serviço Florestal Brasileiro e a Agência Nacional de Águas. “A decisão do governo é que o desenho dessa autarquia seja submetido ao Congresso Nacional até o final do mês de abril”, anunciou. “O que constatamos foi um profundo processo de esvaziamento e enfraquecimento de órgãos ambientais. O conselho será o locus [lugar] central da concertação e pactuação das políticas brasileiras sobre mudança do clima e vai além da esfera federal”, afirmou.
Ministra do Meio Ambiente anunciou João Paulo Capobianco como secretário-executivo da pasta.
A ambientalista, por sua vez, se antecipou ao convite e deixou claro que não comandaria a autoridade. Uma das novidades de sua pasta será a uma secretaria especial voltada exclusivamente para controle e combate ao desmatamento. Sua saída, à época, foi conturbada e gerou profundo desgaste com líderes do PT, partido que está na origem de sua militância política. Nascida num seringal no Acre, ex-empregada doméstica e historiadora, Marina tem 64 anos e ocupa cargos públicos há mais de 35 anos. A posse de Marina aconteceu no Palácio do Planalto, diante de um salão lotado, com fila de dezenas de pessoas —grande parte delas acabou ficando para fora, pela ocupação do local. O tema esteve presente em todos os importantes discursos do petista, inclusive nos de posse, quando prometeu lutar pelo desmatamento zero. Sobretudo servidores públicos e também setores do Judiciário, que junto com essa sociedade corajosa, se colocaram à frente como verdadeiros anteparos da resistência da luta ambiental", disse Marina. Se as pessoas querem produtos de base sustentável, aqui deverá ser o endereço", completou. E ressaltou a criação de um conselho de questões ambientais na estrutura da Presidência. "Basta de perseguição e assédio institucional. Em 2021, por exemplo, o aumento foi de mais de 12% com relação ao ano anterior. Trata-se de uma área em que houve retrocesso devido ao aumento das emissões de carbono decorrentes do desmatamento, que se acirrou nos últimos quatro anos.
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, a ministra destacou o compromisso do governo brasileiro quanto ao assunto, a nova estrutura da pasta e abordou a ...
Também destacou a criação de um “conselho sobre mudança do clima”, que será comandado pelo presidente Lula e terá participação de todos os ministérios, da sociedade civil, dos estados e municípios. Vocês merecem e serão respeitados”, comentou. Isso tem um potencial de gerar 260 mil empregos”, acrescentou. Ela também informou que até março deste ano será formalizada a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática. Boiadas se passaram no lugar aonde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental”, destacou. Rui Costa afirmou que o MMA participará “desde o início” na concepção de projetos do governo “para que já surjam e se estruturem com a concepção da sustentabilidade ambiental”, proporcionando mais celeridade e aquilo que é um “clamor da humanidade”.
A ex-senadora e deputada eleita Marina Silva tomou posse oficialmente no cargo de ministra do Meio Ambiente nesta quarta-feira (4).
Marina citou como exemplos de medidas que desvirtuaram a política ambiental o enfraquecimento de órgãos e a perseguição a servidores públicos. Marina Silva disse que o objetivo principal é fazer com que a política ambiental volte a ter o mais alto nível de prioridade no atual governo. A ex-senadora e deputada eleita Marina Silva tomou posse oficialmente no cargo de ministra do Meio Ambiente nesta quarta-feira (4).
Ao assumir o ministério pela segunda vez, Marina Silva criticou a política ambiental dos últimos anos. 'Boiadas se passaram no lugar onde deveriam passar ...
“Vamos ter uma ação que respeita o multilateralismo, mas vamos atuar internamente para que o Brasil volte, em lugar de ser um pária ambiental, ser o país que vai nos ajudar a fazer com que a gente consiga finalizar o acordo com o Mercosul, que a gente consiga trazer os investimentos, que a gente consiga abrir os mercados para os nossos produtos, que a gente deixe de ser o pior cartão de visita para os nossos interesses estratégicos e passe a ser o melhor cartão de visita. “O papel do MMA não é ser um entrave às justas expectativas de desenvolvimento econômico e social de nossa população, mas de um facilitador, sem perda de qualidade, para orientar a forma como essas demandas podem ser atendidas sem prejuízo da necessária proteção de nossos recursos naturais. Para atender à nova política ambiental, a ministra disse que espera contar com apoio de todos os ministérios e da sociedade civil, e anunciou a criação de novas secretarias: do Controle do Desmatamento e Ordenamento Territorial, da Bioeconomia, da Gestão Ambiental Urbana e Qualidade Ambiental, e dos Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável. Marina prometeu também, até março, apresentar o projeto de criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática. O governo brasileiro, que sempre foi protagonista nessa discussão, não se furtará a exercer esse papel de liderança nacional e internacional por meio do Ministério do Meio Ambiente”, disse a ministra. A alteração, segundo ela, é muito mais que uma nomenclatura, significa uma prioridade absoluta para as emergências climáticas.
Marina fez um longo discurso na posse. Criticou as “boiadas” e a condução na área do último governo. E prometeu focar no combate às mudanças climáticas. Marina ...
A ala mais radical do Partido Republicano se recusa a poiar a o deputado Kevin McCarthy para presidir a casa. O WW traz a análise da conjuntura por trás dos fatos. Já Geraldo Alckmin assumiu defendendo a realização de uma reforma tributária.
Os termos de posse foram assinados no domingo e, agora, terão a cerimônia de transmissão de cargo.
E a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, assume o Ministério dos Esportes. A ex-senadora e deputada federal Marina Silva, assume o Ministério do Meio Ambiente. Também está prevista para esta quarta-feira a posse da embaixadora Maria Laura da Rocha como secretária-geral de Relações Exteriores.
Geraldo Alckmin e Marina Silva discutirão a transferência do Conselho da Amazônia da Vice-Presidência para o Ministério do Meio Ambiente.
[governadores da Amazônia Legal](https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/ao-lado-de-lula-governadores-lancarao-carta-sobre-a-amazonia-na-cop27). [agenda ambiental do ministério](https://www.metropoles.com/brasil/meio-ambiente-brasil/com-lula-paises-sinalizam-retomada-de-doacoes-para-fundo-amazonia). [comando do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior](https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/as-prioridades-de-alckmin-para-os-100-dias-de-governo-lula).
Os 3 já assinaram o termo de posse no domingo e, agora, terão a cerimônia de transmissão de cargo.
Também está prevista para esta quarta a posse da embaixadora Maria Laura da Rocha como secretária-geral de Relações Exteriores. [Marina Silva](https://g1.globo.com/politica/politico/marina-silva/)( [leia perfil](https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/12/29/marina-silva-e-anunciada-por-lula-como-ministra-do-meio-ambiente-veja-perfil.ghtml)) assume o Ministério do Meio Ambiente. [os 37 ministros do governo Lula](https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/01/01/quem-e-quem-os-37-ministros-empossados-por-lula.ghtml) Mais três ministros do governo Lula assumem as suas respectivas pastas nesta quarta-feira (4), em Brasília. [Geraldo Alckmin](https://g1.globo.com/politica/politico/geraldo-alckmin/)( [leia perfil](https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/12/22/geraldo-alckmin-vice-de-lula-e-anunciado-como-ministro-da-industria-e-comercio-veja-perfil.ghtml)) assume o Ministério da Indústria e Comércio Exterior; [Ana Moser](https://g1.globo.com/tudo-sobre/ana-moser/)( [leia perfil](https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/12/29/lula-anuncia-ex-jogadora-de-volei-ana-moser-para-o-ministerio-dos-esportes.ghtml)) assume o Ministério dos Esportes;
A ex-senadora e deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva (Rede) tomou posse como ministra do Meio Ambiente na quarta-feira (4).
A ex-senadora e deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva (Rede) tomou posse como ministra do Meio Ambiente na quarta-feira (4). Antes da posse de Marina, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o meio ambiente traz grandes desafios para o país. Ela criticou a gestão anterior (sob Jair Bolsonaro) e declarou que seu objetivo é fazer com que a política ambiental volte a ser prioridade do governo.
Reconhecida internacionalmente por sua atuação na defesa da sustentabilidade, Marina Silva afirmou, em discurso que durou cerca de uma hora, que o Brasil virou ...
Ela prometeu retomar a realização da Conferência Nacional do Meio Ambiente e também da Conferência Infantojuvenil do Meio Ambiente. Também foram criados na pasta departamentos voltados para a execução da política nacional de recursos hídricos e de proteção e defesa dos direitos animais. “A decisão do governo é que o desenho dessa autarquia seja submetido ao Congresso Nacional até o final do mês de abril”, anunciou. O conselho será o locus [lugar] central da concertação e pactuação das políticas brasileiras sobre mudança do clima e vai além da esfera federal”, afirmou. Uma das novidades anunciadas pela ministra é a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática, autarquia que ficará vinculada à pasta, que agora passa a se chamar Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, mantendo a sigla MMA. Em uma das cerimônias de transmissão de cargo mais concorridas dos últimos anos, a deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva assumiu, nesta quarta-feira (4), o Ministério do Meio Ambiente, quase 15 anos após ter deixado o comando da pasta no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008.
Os dois setores estão entre os mais prejudicados pela política econômica do governo Bolsonaro. Ao lado do presidente Lula, Alckmin fez um longo discurso sobre a ...
É muito mais fácil e barato — portanto, mais eficiente — combater o desmatamento do que alterar a toque de caixa os sistemas de energia, de transporte, de padrão construtivo, de produção de alimentos, embora isso deva ocorrer. De certa forma, seu discurso buscou um ponto de equilíbrio entre a política econômica do governo e o mercado. Há muita especulação no mercado financeiro em relação à política econômica do governo Lula e ao desalinhamento entre os ministros, que gera mais confusão, como as declarações desastradas do ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre a reforma da Previdência. A novidade na proposta de Alckmin, porém, é compatibilizar a retomada industrial com a economia verde, para que o Brasil possa ser um "grande protagonista do processo de descarbonização da economia global" e possa integrar às cadeias globais de valor com investimentos em inovação e novas tecnologias nas áreas onde pode ter competitividade. Embora o discurso não agrade setores liberais, que veem a política industrial uma forma indevida de intervenção do Estado na economia, Alckmin tem razão quando afirma que o Brasil não pode prescindir da sua indústria se tiver ambições de alavancar o crescimento econômico e se desenvolver socialmente. Para Alckmin, a recriação do ministério foi necessária para "reconstruir o país e retomar o caminho do desenvolvimento".