Crítica: 3/5. - [crítica] Harry Melling brilha como Edgar Allan Poe, mas excesso de conveniências torna O Pálido Olho Azul suspense sem impacto.
Intenso, o ator deixa para trás qualquer vestígio de seus dias de Duda Dursley, aumentando a sequência de boas atuações que ele acumulou nos últimos anos com produções como O Gambito da Rainha e A Tragédia de Macbeth. Ciente dos problemas no desenvolvimento da história de O Pálido Olho Azul, Cooper disfarça esses buracos com uma direção de cena competente e uma fotografia tão mórbida quanto deslumbrante, que une figurinos pomposos e coloridos do século XIX à atmosfera cinzenta do inverno norte-americano. O longa começa forte, usando diálogos expositivos, mas bem escritos, para apresentar eficientemente Augustus Landor (Bale), um torturado detetive veterano que vive recluso após perder a esposa para uma doença repentina e a filha, que fugiu com um estranho.
Estrelado por Christian Bale, o suspense 'O Pálido Olho Azul' tem um detetive e até Edgar Allan Poe em uma trama que tenta ser gótico, mas se sustenta na ...
Com boas atuações, um elenco de apoio com nomes do peso de Gillian Anderson, Charlotte Gainsbourg, Timothy Spall, Toby Jones e até Robert Duvall, uma ótima premissa e uma boa ambientação, “O Pálido Olho Azul” perde força por se sustentar em conveniências do roteiro para chegar até o clímax imaginado pelo diretor - há pouca construção das situações, normalmente motivadas por alguma descoberta de Landor ou uma “visão” de Poe. Essa construção colabora para o clima de suspense do filme, mas o texto e a direção caminham em outra direção. “O Pálido Olho Azul” se passa em 1830 e conta a história de Augustus Landor (Bale), um renomado detetive contratado para investigar um caso um tanto sinistro na tradicional Academia Militar de West Point.
O que a descrição destaca é que o que há de mais chamativo por aqui é a participação do escritor Edgar Allan Poe. E, assistindo ao longa, fica bem claro o ...
O resultado é que ele não consegue criar um suspense à altura de seu homenageado e falha tanto em ser um mistério macabro quanto uma boa história de investigação. Apesar de ter uma atuação incrível que faz por merecer o destaque dado, isso não justifica o fato de ele mal ser um suspense. E é aí que o preço cobrado pelo baixo envolvimento da trama se faz presente, trazendo resoluções óbvias e pouco atraentes. Não por acaso, ele ofusca quase que por completo o próprio protagonista do filme. E é nisso que Melling nos encanta com sua interpretação desse militar deslocado e com sérios problemas sociais, mas que encontra na própria angústia e estranheza o seu charme. A partir disso, ele mergulha dentro dos mistérios da própria academia junto de seu mais novo aliado, Edgar Allan Poe, para descobrir o que está realmente acontecendo. Assim, pode esperar por muita névoa, a luz de uma candeeiro e sussurros vindos das sombras que flertam com o ocultismo. A promessa de entregar um suspense gótico à altura dos clássicos do autor fica pelo caminho e se perde diante de uma trama previsível que não intriga e tampouco gera tensão — apesar de ter todas as chances para isso. A história se passa em 1830, então muito da estética dos romances do próprio Poe estão bem presentes por aqui — algo que o livro de Louis Bayard no qual o filme é inspirado também se apoia bastante. [Lançamentos da Netflix em janeiro de 2023](https://canaltech.com.br/entretenimento/netflix-lancamentos-semana-06012023/) [6 grandes filmes para assistir na Netflix em janeiro de 2023](https://canaltech.com.br/cinema/netflix-filmes-para-assistir-janeiro-2023/) Ao encarnar tão bem esse indivíduo perturbado e, ao mesmo tempo, encantador, ele se sobressai com facilidade de um roteiro mediano e fica óbvio por que todos holofotes estão em seu personagem. [O Pálido Olho Azul](https://canaltech.com.br/cinema/o-palido-olho-azul-conheca-filme-de-misterio-da-netflix-com-christian-bale-234990/) [Netflix](https://canaltech.com.br/empresa/netflix/) não é mistério em torno de assassinatos macabros e muito menos na figura do seu protagonista, um brilhante e recluso detetive vivido por Christian Bale.
“Um detetive aposentado recruta um cadete chamado Edgar Allan Poe para ajudar a investigar um terrível assassinato na Academia Militar dos EUA”, afirma a ...
O Pálido Olho Azul traz uma investigação ambientada em 1830 com um detetive aposentado e com o cadete Edgar Allan Poe como assistente. LEIA MAIS
O pálido olho azul é um mistério de tirar o fôlego e que deixa o leitor preso até a última página. Augustus Landor, um detetive experiente e aposentado, é chamado para investigar o crime com discrição. Em meio aos cadetes que vivem no local, Lander escolhe o jovem Edgar Allan Poe (Harry Melling) como assistente para auxiliar na investigação. O livro é do escritor norte-americano Louis Bayard, e foi originalmente publicado em 2003. Landor também seria uma homenagem, dessa vez ao conto Landor´s Cottage, lançado em junho de 1849. Uma trama bem construída, que toma diferentes rumos e que surpreende até as últimas páginas.
Christian Bale é Augusto Landor · Harry Melling é Edgar Allan Poe · Lucy Boynton como Lea Marquis · Timothy Spall como Coronel Thayer · Simon McBurney como Capitão ...
O pai de Lea, Daniel, é o médico de West Point. A matriarca da família Marquês é interpretada por Gillian Anderson, que acabou de ganhar o Emmy como Margaret Thatcher em The Crown. Ele também interpretou o pai de Stephen Hawking, Frank, em A Teoria de Tudo. Logo, ele é interpretado por Simon McBurney, o dramaturgo e diretor teatral que também encontrou um trabalho consistente como ator em filmes. Porém, o trabalho do ator de O pálido Olho Azul, ainda pode ser visto no filme da princesa Diana do ano passado, Spencer, sua interpretação de Peter Pettigrew em cinco filmes de Harry Potter, ou suas deliciosas reviravoltas cômicas em Encantada e Sweeney Todd. A atriz de O pálido Olho azul ainda pode ser vista no filme Apóstolo, bem como, as séries Gypsy e The Politician. Aliás, no último, Spall ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema de Cannes. Filha do médico de West Point, Lea Marquis é uma tentação perigosa para o jovem Poe – uma distração de seus estudos e do caso. O Pálido Olho azul é o novo filme histórico da Netflix. Esta é a terceira colaboração de Bale com o roteirista e diretor Scott Cooper, depois de Tudo por Justiça e Hostis. Bale ganhou um Oscar por seu papel coadjuvante em O Vencedor e foi indicado outras três vezes, por A grande aposta, Vice e Trapaça. Pois bem, se você já assistiu, ou vai assistir ao filme de suspense histórico na Netflix, pode ficar em dúvida de quem são os atores e o que eles fizeram.