1) O manifesto assinado pela Fiesp em apoio à democracia foi uma das razões, segundo dirigentes de entidades patronais. A postura de Gomes como articulador do ...
A atitude de Gomes contou com a oposição de Skaf e de parte significativa dos afiliados da Fiesp. 6) Críticas à entidade também foram argumentos da oposição para querer afastar Gomes. 3) Falta de interlocução com os sindicatos menores dentro da federação ajudou na mobilização para deposição do presidente. A oposição ao comando da federação começou no último trimestre meados do ano passado, capitaneado pelo ex-presidente da organização Paulo Skaf que comandou a Fiesp por mais de 17 anos. [o que é e o que faz a Fiesp](https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2023/01/entenda-o-que-e-e-o-que-faz-a-fiesp.ghtml) [Veja a mensagem de despedida de Sergio Rial](https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2023/01/americanas-rial-cita-governanca-e-coerencia-em-mensagem-de-despedida-aos-donos-da-3g-capital.ghtml)
A maioria dos sindicatos presentes na assembleia realizada nesta segunda-feira, 19, na Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) não aceitou as ...
Josué optou por deixar a assembleia antes do fim. O executivo foi questionado em 16 pontos, sobre suas viagens e reuniões realizadas em Brasília, além do manifesto em favor da democracia divulgado pela Fiesp, sem o consentimento de toda a entidade, entre outros temas. A destituição de Josué foi aprovada por 47 votos a 1. Os nomes mais cotados para comandar a entidade são os de Rafael Cervone Netto, Dan Ioschpe e Marcelo Campos Ometto. A expectativa é que Josué recorra da decisão na Justiça. O executivo optou por encerrar a assembleia antes do fim.
Para advogado, argumentos da oposição eram 'questões laterais'; presidente ainda não decidiu o que vai fazer.
Os questionamentos dos sindicatos também incluíam o fato de Josué ter assinado, em nome da Fiesp, um manifesto pela democracia. Entre os 12 pontos, havia questões como o número de entrevistas concedidas por ele para falar da indústria e quantas visitas fez ao Congresso Nacional para debater pautas do setor. A possibilidade de perda de mandato no comando da Fiesp é prevista no artigo 27 do estatuto. Para a oposição, Gomes deveria justificar a participação ou ausência dos sindicatos nesses espaços. Segundo Reale Jr, "nunca na história da Fiesp um presidente foi destituído." Na verdade, o Josué foi destituído porque fez um manifesto a favor da democracia", disse.
No momento, o cargo de presidente interino deve ser assumido pelo decano Elias Miguel Haddad, que é o membro mais antigo do Conselho de Representantes da ...
O Fala.BR é uma plataforma de comunicação da sociedade com a administração pública, por meio das Ouvidorias. O Sinditextil, por exemplo, respondeu que não comenta o assunto, o Sindipeças declarou que votou contra a destituição de Josué, outros não responderam até o momento. Quem deve assumir a defesa dele é o jurista Miguel Reale Jr, que já declarou à imprensa que a destituição de Josué foi um golpe.
Foi, portanto, um choque de gestão em relação ao seu antecessor e padrinho na eleição, Paulo Skaf, que foi presidente da Fiesp de 2004 a 2021. “O Skaf, quando ...
Sob a tese de que Gomes, enquanto presidente da Fiesp, infringiu dois incisos do artigo 27 do estatuto da federação, decidiu-se pela sua destituição — os incisos usados para justificar a retirada do presidente falam em “grave violação do estatuto” e “conduta incompatível com a ética, dignidade e decoro do cargo”. Por ordem, o primeiro vice-presidente é Rafael Cervone, que também responde pela presidência do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), seguido por Dan Ioschpe e por Marcelo Campos Ometto. Iniciou-se, então, uma segunda assembleia, para votar, de fato, a deposição de Gomes do comando da entidade. Foram 47 votos a favor da retirada de Gomes do comando da instituição, enquanto dois votaram em sua defesa e um se absteve. Agora, pelo estatuto da entidade, o vice-presidente mais velho deve assumir o comando da instituição até que se tenha uma nova eleição. O estopim foi quando a entidade endossou e promoveu uma carta em defesa da democracia às vésperas do primeiro turno das eleições. Em um longo texto introdutório, Gomes discursou sobre a economia e a situação do país. Depois de tentarem por algumas vezes promover uma assembleia para discutir discordâncias em relação à gestão de Gomes, as lideranças dos sindicatos conseguiram colocar a reunião em pauta. “O Skaf, quando foi eleito pela primeira vez, atraiu o baixo claro, que são os sindicatos mais simples, com promessas de cargos e maior representatividade. Se, pela manhã, o presidente da entidade, Josué Gomes, convocou aliados para um encontro com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), [Geraldo Alckmin](https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/geraldo-alckmin), a tarde ficou marcada pela realização da assembleia que poderia destituí-lo da posição de liderança de uma das principais federações a pautar os interesses do país. “O Josué, por sua vez, é um mega empresário e um cara ocupadíssimo, que não ficou puxando o ‘saco’ de ninguém nem atendendo a pedido de presidentes de sindicatos.” Ao assumir a entidade em janeiro de 2022, Gomes propôs delegar mais poder aos seus diretores e conselheiros por meio de um comando técnico, que não levou em consideração os interesses de diversos sindicatos do chamado “baixo clero” da entidade.
São 130 mil fábricas de diversos setores e tamanhos, distribuídas em 131 sindicatos patronais. O entidade atualmente vive um racha: sindicatos filiados ...
A entidade é financiada com os recursos do Sistema S, arrecadado como um imposto na folha de pagamento das empresas, e mensalidades dos filiados. Nascida em 1928, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a maior representação de classe do setor no país, no estado que representa mais de 30% de tudo o que segmento produz no Brasil. A Fiesp sempre teve forte influência política, principalmente pelo peso e diversificação de sua indústria na economia brasileira.