Peru

2023 - 1 - 20

Post cover
Image courtesy of "G1"

Protestos no Peru: entenda a crise política no país, quem são os ... (G1)

Confrontos já deixaram mais de 50 mortos. Nesta quinta-feira, houve a maior manifestação na capital, Lima, desde que os atos começaram.

Embora a pobreza tenha diminuído nas últimas décadas, persiste uma lacuna nos padrões de vida entre a região e a capital. Castillo foi apenas o segundo presidente nascido fora de Lima a ser eleito desde 1956. Castillo foi preso e condenado a uma pena inicial de 18 meses. Os bloqueios interromperam o comércio, suspenderam voos e trouxeram problemas para os turistas. As regiões do sul também foram o epicentro e o local da pior violência. Ainda assim, Castillo manteve apoiadores, que o veem como uma vítima das elites políticas e de um Congresso amplamente impopular e considerado corrupto. A nova presidente pediu unidade de todos os peruanos e disse que é preciso conversar e tentar chegar a acordos. Ela criticou a tentativa de Castillo de fechar o Congresso. Em julho de 2021, Dina Boluarte havia sido nomeada por Pedro Castillo ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social do Governo. Castillo lutou para governar, nomeando cinco primeiros-ministros e mais de 80 ministros durante sua curta presidência. Dina Boluarte chegou ao poder depois que o Congresso aprovou o impeachment de Castillo. Os manifestantes pedem mudanças políticas e querem também que haja responsabilização pelas mortes ocorridas durante os atos.

Post cover
Image courtesy of "BBC Brasil"

'Tomada de Lima': quem está por trás e o que pedem nos protestos ... (BBC Brasil)

A onda de manifestações que começou após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo chega à capital em meio a um clima de crescente tensão.

Este governo está deslegitimado desde o primeiro dia", afirmou Leonela Labra, representante de Cusco. "O povo e as comunidades camponesas se mobilizam. Os policiais dispararam gás lacrimogêneo e formaram cordões de isolamento para impedir o avanço dos manifestantes. Em uma mobilização tão heterogênea, há vários pedidos e reivindicações, mas o objetivo compartilhado por todos os que protestam é a renúncia da presidente, a dissolução do Congresso e a convocação imediata de eleições. Eles prometeram que não deixariam Lima até que tivessem alcançado seus objetivos: a renúncia da presidente, a dissolução do Congresso e a convocação de eleições. O que inicialmente surgiu como uma iniciativa de comunidades indígenas e organizações comunitárias e estudantis do sul do país, contou posteriormente com a adesão de estudantes da Universidad Nacional Mayor de San Marcos e membros da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru, um dos principais sindicatos do país, que convocou uma greve nacional na quinta-feira (19/01) para coincidir com a "tomada de Lima". O então presidente foi detido e, na sequência, destituído do cargo pelo Congresso após anunciar na televisão a dissolução do mesmo e o estabelecimento de um governo de emergência no Peru. O Ministério da Saúde colocou todos os postos de saúde do país em alerta vermelho, na expectativa de que os protestos na capital se repitam em outros lugares. A convocação para o protesto reuniu milhares de pessoas de diferentes partes do país na praça San Martín, na praça Dos de Mayo e no campus da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, onde recebem abrigo, alimentação e outros tipos de assistência. Mas a convocação para a "tomada de Lima", lançada por várias organizações e grupos que exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e eleições gerais para renovar o Executivo e o Congresso, gerou violentos protestos. A crise começou com a prisão e destituição de Pedro Castillo em 7 de dezembro do ano passado. 'Tomada de Lima': quem está por trás e o que pedem nos protestos com dezenas de mortos no Peru

Post cover
Image courtesy of "VEJA.com"

'Tomada de Lima': protestos no Peru viram batalha com a polícia (VEJA.com)

A presidente Dina Boluarte prometeu punir os manifestantes, que pedem sua renúncia.

[+ Quem é Dina Boluarte, a primeira mulher presidente do Peru](https://veja.abril.com.br/mundo/quem-e-dina-boluarte-a-primeira-mulher-presidente-do-peru/) O refrão “Dina, assassina, o povo te repudia” pôde ser escutado, em meio a cartazes com imagens da presidente do Peru banhada em sangue. [+ Presidente do Peru é investigada por genocídio após 40 mortes em protestos](https://veja.abril.com.br/mundo/presidente-do-peru-e-investigada-por-genocidio-apos-40-mortes-em-protestos/) Ela acrescentou que ataques a três aeroportos regionais foram planejados com antecedência e serão punidos com “todo o rigor da lei”. Ela disse que o “governo está firme e seu gabinete está mais unido do que nunca”. A capital do Peru virou uma confusão de arremessos de pedras e redemoinhos de gás lacrimogêneo, enquanto multidão pedia pela renúncia da presidente Dina Boluarte.

Post cover
Image courtesy of "Exame Notícias"

No Peru, Boluarte diz que governo está firme e culpa manifestantes ... (Exame Notícias)

No pronunciamento, presidente pediu o diálogo e acusou os manifestantes de não terem “agenda social”

Um dos jornalistas da emissora relatou que a van em que estavam foi cercada e diversos objetos foram arremessados contra eles, incluindo blocos de cimento. A presidente, no entanto, culpou os manifestantes e disse que eles instigam a polícia a agir. Na capital, onde ocorreu uma marcha apelidada de “A Tomada de Lima”, houve confronto entre manifestantes e policiais após um grupo tentar avançar contra o Congresso e ser impedido pelos policiais com uso do gás lacrimogêneo, iniciando um confronto na avenida Abancay, no centro da cidade. Além de exigirem a renúncia de Dina Boluarte, os manifestantes também protestaram contra as mortes de peruanos durante os atos. Os protestos terminaram em violência entre manifestantes e policiais e pelo menos uma pessoa morreu em Arequipa, a segunda maior cidade peruana. “Buscam quebrar o Estado de Direito, gerar o caos e a desordem e tomar o poder”, declarou.

Post cover
Image courtesy of "Correio Braziliense"

Mais de 10 mil policiais atuam para conter manifestações no Peru (Correio Braziliense)

Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte, que ascendeu ao cargo em 8 de dezembro.

De acordo com o embaixador, a solução para a crise política envolve a expressão das opiniões de forma pacífica e respeitosa. "No entanto, é inadmissível que, com um suposto objetivo político, se destrua o patrimônio público e se afete o direito de livre circulação dos peruanos, seja por via terrestre, seja por via aérea. "É preciso que as instituições e os partidos democráticos dialoguem intensamente, dentro e fora do Congresso da República, para que o futuro sistema político peruano seja mais estável, a fim de fortalecer a governabilidade e o desenvolvimento sustentável." Mais de 24 mil estabelecimentos de saúde acionaram o "alerta vermelho" para receberem os feridos durante os protestos. Rómulo Acurio, embaixador do Peru no Brasil, disse ao Correio acreditar que todos os peruanos respeitam as manifestações de caráter pacífico. Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte, que ascendeu ao cargo em 8 de dezembro, depois de um golpe autofracassado do líder esquerdista Pedro Castillo.

Post cover
Image courtesy of "CartaCapital"

Manifestações em Lima pela renúncia da presidente do Peru têm ... (CartaCapital)

O secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), cuja organização está por trás da passeata, previu um esforço de longa duração até ...

Ele deixou Andahuaylas no domingo, epicentro das manifestações de dezembro, para chegar a Lima na terça-feira. O serviço ferroviário entre Cusco e a cidadela inca Machu Picchu, joia do turismo peruano, também foi suspenso, indicou a operadora. “As marchas vão continuar. Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil. O secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), cuja organização está por trás da passeata, previu um esforço de longa duração até demissão da presidente. O secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), cuja organização está por trás da passeata, previu um esforço de longa duração até demissão da presidente

Peru: o grande levante indígena e plebeu (Instituto Humanitas Unisinos)

O Instituto Humanitas Unisinos - IHU - um órgão transdisciplinar da Unisinos, que visa apontar novas questões e buscar respostas para os desafios de nossa ...

É o povo, com a sua desordem, mas também com sua espontaneidade e energia guerreira, que vai abrindo o caminho e cabe-nos ouvir e, acima de tudo, acompanhar e saber apoiá-lo com tudo o que temos. O que estamos vivendo é uma disputa por uma democracia profunda e real que inclua todos em igualdade de condições, ou a manutenção da democracia formal com um verniz de continuidade que, na verdade, exclui maiorias. É o Judiciário que protege legalmente a invasão de instalações de partidos políticos de esquerda, da Confederação Camponesa do Peru e a prisão arbitrária de líderes políticos, sociais e sindicais, acusando-os de terrorismo. Esse Peru mobilizado tem uma lista específica de demandas, apesar de a presidente Boluarte insistir em repetir que “não entende” o que lhe pedem. Do “votem em Keiko Fujimori para salvar o Peru” passou para “vamos expulsar Pedro Castillo para salvar o Peru”, que foi protagonizado por passeatas convocadas pelos poderes para exigir a renúncia do presidente. Além das interpretações legais, a verdade é que a baixíssima legitimidade do referido Congresso é a chave para entender por que o anúncio de Pedro Castillo de dissolver o Congresso está vinculado a esse clima de raiva contra uma instituição vista como corrupta e cínica. Desde o momento em que Pedro Castillo venceu as eleições, uma série de eventos ocorreram com a intenção de reverter o resultado. Como se Castillo, para além de qualquer juízo político, não fosse um presidente que teve o respaldo de 31% da população e contasse com uma aprovação que cresceu enormemente nos últimos seis meses. A lista é bem mais longa e mostra uma forma de entender o que está acontecendo hoje nesse Peru que não para de se mobilizar contra um governo que não considera seu. O golpe que ganhou foi o de quem, desde que Castillo venceu nas urnas em 2021, levou a ferro e fogo o desejo de retirá-lo do Palácio do Governo. O Peru é o país de Killa Sotelo, irmã de Inti Sotelo, jovem que morreu durante a repressão às marchas que buscaram, e conseguiram, afastar em 2020 um usurpador da presidência como Manuel Merino — e ela está hoje nas ruas de Lima, contribuindo para que o protesto continue sendo um direito, uma memória e uma obrigação coletiva. O Peru é o país de Máxima Acuña, a mulher que enfrentou sozinha uma transnacional para defender seu território e que até hoje nunca capitulou.

Post cover
Image courtesy of "Valor Econômico"

Presidente do Peru eleva tom contra manifestantes após noite de ... (Valor Econômico)

Apenas querem romper o Estado de Direito. Vamos responsabilizar seus líderes pelos atos de vandalismo e encontrar seus financiadores”, afirmou Bolouarte.

Durante grande parte do dia, os protestos se desenrolaram como um jogo de gato e rato, com alguns manifestantes atirando pedras contra os policiais e tentando passar pelas barreiras de segurança. Ela disse que pretende levar adiante o plano de reformar a Constituição e promover eleições para presidente e Congresso em 2024, dois anos antes do previsto originalmente. A presidente do Peru, Dina Boluarte, acusou os líderes das manifestações contra ela de tentarem “quebrar o Estado de Direito”, depois de a polícia ter reprimido protestos na quinta-feira à noite, em Lima, com balas borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Post cover
Image courtesy of "Gazeta do Povo - Mundo"

Peru: mais de 70 pessoas estão internadas após se ferirem em ... (Gazeta do Povo - Mundo)

76 pessoas estão hospitalizadas em decorrência de ferimentos sofridos nos protestos contra o governo do país ocorridos ao longo deste mês.

Post cover
Image courtesy of "Jornal O Globo"

Governo do Peru resiste a pressão e protestos continuam no país (Jornal O Globo)

O Peru manteve fechado nesta sexta-feira o aeroporto de Arequipa, no Sul, devido aos protestos contra a presidente Dina Boluarte, que já somam 55 mortos e ...

Na quinta-feira, as regiões do Amazonas e La Libertad, ambas no Norte, e Tacna, na fronteira com o Chile, foram incluídas. Castillo acabou detido por tentar dar um autogolpe de Estado, com o fechamento do Parlamento e a convocação de uma Assembleia Constituinte, entre outras medidas. Milhares de pessoas, a maioria de regiões andinas como Cusco e Puno, marcharam pela capital na quinta-feira enquanto confrontos violentos eclodiram no centro da cidade. De lá, um grupo partiu em direção ao Congresso às 17h18 (19h18 no Brasil), mas foram barrados pela polícia no cruzamento das avenidas Abancay e Nicolás de Piérola, a menos de 500 metros da sede do Legislativo. O serviço de trens para Machu Picchu, a principal atração turística do país, também está interrompido por tempo indeterminado, informou a operadora. Em Lima, onde [milhares de manifestantes se concentram desde quinta-feira](https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/01/manifestacoes-no-peru-e-chegam-a-lima-e-terminam-com-numerosos-conflitos-e-grande-incendio.ghtml), uma segunda grande marcha está em curso.

Post cover
Image courtesy of "Folha"

Protestos continuam no Peru enquanto presidente tenta transmitir ... (Folha)

Protestos contra o governo não dão trégua no Peru um dia depois da mobilização massiva na capital, Lima, obrigar a presidente Dina Boluarte a fazer um pronunciamento em rede nacional para dizer que a situação está sob controle.

"A luta continuará em todas as regiões até que se concretize a renúncia e os demais pontos da agenda", disse o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru, Gerónimo López. As autoridades investigam as causas do incêndio e lamentam a perda de um "bem monumental". Na capital, após a grande mobilização chamada de "tomada de Lima" nesta quinta-feira, o Ministério do Interior divulgou que 38 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre policiais e civis. A estrutura pode desabar e esmagar os bombeiros", disse o chefe dos bombeiros, Luis Ponce, ao jornal peruano La República. Ações semelhantes ocorreram em um posto de fronteira com a Bolívia, em Desguadero, e em uma delegacia em Zepita. "A função de investigação criminal é competência constitucional do Ministério Público, que se cumpre com autonomia, independência e sem qualquer tipo de ingerência política, econômica ou midiática." O trem é o único meio de transporte de massa para deixar a área. O líder de um sindicato de caminhoneiros alertou que a categoria está cansada desse tipo de medida e pode entrar em rota de colisão com os manifestantes. A [presidente Dina Boluarte](https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/12/dina-boluarte-e-1a-mulher-presidente-do-peru-apos-crise-e-destituicao-de-castillo.shtml), que na véspera fez um pronunciamento em rede nacional para dizer que a situação estava sob controle, se esforça para manter a mensagem de normalidade. Nesta cidade, a segunda maior do país, dezenas de manifestantes tentaram, pelo segundo dia consecutivo, tomar o aeroporto, que está fechado e fortemente vigiado desde quinta. No centro da capital, na região da avenida Abancay, policiais lançaram bombas de gás para conter os manifestantes, que atiravam pedras de calçamento e garrafas enquanto tentavam se aproximar do prédio do Congresso. Um balanço do final da tarde indicava 13 pessoas feridas em Cusco (sendo 1 policial), 7 em Puno, 25 na capital e 18 em Arequipa.

Explore the last week