Ela surgiu com vídeos de Elton John e R.E.M., dirigiu o excelente O Garoto de Liverpool, a biopic sobre John Lennon, assim como Cinquenta Tons de Cinza e a ...
As pessoas que enalteceram a cantora por combater o clichê do homem que trata a mulher “mais velha” como descartável e prefere uma jovem, em menos de 72 horas, se viram no direito de celebrar um homem que justamente trocou uma mulher mais velha por uma mais jovem. [Joey King – que amo igualmente, tanto que já escrevi sobre ela há alguns anos](https://claudia.abril.com.br/coluna/ana-claudia-paixao-hollywood-cinema-series/o-talento-de-joey-king/) – está no meio da confusão, ou se uma delas gosta de geleia ou não, mas o que não pode é começar 2023 ver pessoas enaltecendo um comportamento de masculinidade tóxica. Fiquei aborrecida e assustada com a agressividade das redes sociais celebrando o fato, chamando a diretora de “dinossauro”, “vovó” e “geriátrica”, comemorando a “liberdade” de Aaron depois de tantos anos de controle. Voltando no tempo, Aaron e Sam se conheceram em 2008, quando filmaram O Garoto de Liverpool e se apaixonaram. Mas há um detalhe que marca a vida pessoal de Sam que alguns recalcados não deixam passar: ela se apaixonou e se casou com o ator Aaron Taylor-Johnson (os dois mudaram o sobrenome quando se uniram) e desde então a diferença de 23 anos entre eles tem sido pauta de muitas matérias e críticas. Mais do que disso, ela venceu duas vezes o câncer (em 1997 fez tratamento para um tumor no cólon e, em 2000, no seio) e é um exemplo de mulher talentosa e feliz.