Não haverá equidade entre masculino e feminino enquanto não se respeitar a identidade de gênero de todas as mulheres.
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Com a redemocratização, após décadas de ditadura, ativistas transformaram o 8 de março em um dia de protestos cheios de ironia contra o machismo, ...
Na passeata de 8 de março de 1984 no Rio, centenas de mulheres pararam o trânsito da Avenida Rio Branco, no Centro, muitas delas empurrando carrinhos com crianças e carregando sacolas de compras. Na Rua Sete de Setembro, mulheres aplaudiam das janelas de um prédio e ouviram, em resposta, o coro de "desce, desce, desce!" "Esta é a primeira manifestação feminista da Tamie", disse ele. A caracterização das personagens era uma forma de ironizar os estereótipos criados pela sociedade patriarcal que, diga-se de passagem, existem até hoje e limitam a condição da mulher no mundo a partir de uma perspectiva sexista. Na linha de frente da passeata, que saiu do Largo da Carioca pouco depois das 17h, a advogada e professora Comba Marques Porto vestia peças de roupa "ousadas" e muitas joias para interpretar a personagem "a outra", levando na mão um cartaz que dizia: "Nunca aos domingos, feriados, Natal e Ano Novo". Naquela tarde de terça-feira, há 30 anos, levantando cartazes e gritando palavras de ordem por igualdade de gênero, as manifestantes faziam demandas como a instalação de creches em locais de trabalho e a legalização do aborto.