O presidente mudou e o Brasil construiu consensos em torno do meio ambiente. Mas Belo Monte é um nó armado pelo passado petista.
O imperador macedônio resolveu o problema com dois atributos: a praticidade de guerreiro e a prepotência do senhor do mundo. E a sucessora Dilma seguiu adiante, inaugurando Belo Monte em 2016, menos de um ano depois de a licença de operação ser assinada. Há ameaças trazidas pela destruição da floresta e pela ação de grileiros e fazendeiros locais. Esta semana, a Eliane Brum, no site Sumaúma, sugeriu trabalhar para que outras fontes de geração de energia sejam priorizadas, “até porque os grandes projetos, como Belo Monte, não resolveram os problemas de geração de energia e criaram outros problemas incomparavelmente mais graves, com prejuízos enormes do ponto de vista econômico, social e ambiental”. O governo fez valer boas práticas internacionais de colocar a pauta socioambiental como uma agenda de toda a gestão. Um reencantamento mútuo após 14 anos de afastamento, que resultou tanto no protagonismo de Marina na frente ampla da eleição quanto na sua nomeação para o ministério.