Ator diz que passou a se olhar com mais generosidade após os 40 anos, afirma que desconfia de artista que tem saudade de piadas que não cabem mais na ...
No dia 12, era uma coisa e no dia 13, eu já estava assim: 'opa, o que me serve e o que que não me serve, que vida que eu quero a partir de agora’. Passei a ficar mais confortável, fazendo escolhas mais sóbrias e celebrando mais o que eu fiz justamente para que coisas muito boas cheguem e eu não precise tanto ‘esmolar’ trabalho. Foi muito importante para mim, para minha personalidade, mas também para o artista que eu me tornei. Uma hora me olhei no espelho e falei: 'caramba, tá tudo aqui, não tá faltando nada: eu sou bonito, eu sou lindo, tem dia que eu sou horroroso, mas tem dia que eu tô lindo'. Eu me libertei de muita coisa, me libertei, por exemplo, da ideia de que eu era o meu trabalho. Não me não cometo comigo a injustiça de me comparar com o que eu fazia antes, mas reconheço também que eu não tenho nenhuma saudade. Artista que tem saudade de piada ou que tem saudade de um discurso que já não cabe mais na sociedade, eu desconfio e fico com o pé atrás. A nossa felicidade é tão completa, não é uma expectativa que a gente tem. Rosane é um novo momento de percepção da sociedade, que é o que eu busco no meu trabalho. Aí veio a temporada da peça no Copacabana Palace, a juíza Andréa Pachá, que é nossa amiga morava ali do lado, já estava fazendo a novela e ia precisar de um dia de folga... Ele é um diretor incrível, que me recebeu com o maior carinho e respeito e me deixou muito seguro para fazer televisão. Só indicação já para mim já diz muito e já é muito importante.