Brasil se absteve ao apoiar a Venezuela na OEA, e o secretário-geral pergunta: é hora da Justiça?
Recentemente, a Organização dos Estados Americanos (OEA) fez um movimento polêmico ao rejeitar uma resolução sobre os resultados das eleições na Venezuela, lideradas pelo presidente Nicolás Maduro. Com isso, o Brasil se absteve e deixou vários países, como os EUA, Peru e Argentina, com um gostinho amargo na boca, já que eles defendiam uma posição mais firme contra o governo venezuelano. O apoio tácito do Brasil a Maduro provocou questionamentos sobre sua mediadora nessa questão e o quanto a política interna e externa está misturada em um único processo.
As abstenções provenientes de países como Brasil e México (que se ausentou) foram cruciais para que a resolução não alcançasse a maioria necessária. Agora, a OEA busca desmascarar as práticas eleitorais de Maduro, que segundo o secretário-geral Luis Almagro, não só prometeu um "banho de sangue" mas está cumprindo essa ameaça, levando a OEA a se comprometer a pedir a prisão do ditador ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Isso levanta sérias questões sobre a posição do Brasil e o que isso pode significar para sua reputação na arena internacional.
No calor das discussões internacionais, as críticas do chanceler do Peru à posição do Brasil demonstram um cenário polarizado em que os jovens da América Latina estão perdendo a fé nas autoridades que eles acreditam que deveriam estar lutando por ellos. Com os jovens se voltando contra os governos que eles consideram coniventes com regimes autoritários, o abismo entre a retórica política e a realidade se torna cada vez menor. O que resta saber é se o Brasil vai continuar a se abster ou se tomará uma posição mais firme diante das crescentes críticas.
Enquanto isso, no meio desta discórdia política, é intrigante pensar que o Brasil, um dos maiores defensores dos direitos humanos na América Latina, acaba se vendo em um papel de coadjuvante na história complexa da Venezuela. De acordo com a OEA, a resolução na sua essência pretendia garantir eleições justas, mas com países como Brasil se abdicando da sua responsabilidade, o futuro político da Venezuela permanece nebuloso. Curiosamente, a OEA já havia tentado outras intervenções em crises na região, mas a resistência da Venezuela e o cenário político polarizado continuam a criar obstáculos. Em um tom mais leve, quem diria que o Brasil, prestes a ser um protagonista, decidiu viver seu papel de "mestre delato" em vez de um herói?
Com um Nascimento de Produtos e com o olhar voltado à estabilidade, talvez o Brasil devesse olhar para casa e se perguntar: e se um dia eles precisarem de ajuda? Como sempre, as partes poderão mudar, mas as lições permanecem, e a política internacional é sempre cheia de surpresas! Isso nos mostra que o papel de um mediador pode ser derrubado num piscar de olhos - ou em um voto de abstenção.
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